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A mostrar mensagens de novembro, 2022

Prainha de São Pedro

  Contornámos o Forte, toalhas enroladas ao pescoço, bolas de Berlim na mão. - Não venham tarde. – Gritou o pai enquanto descia em direção à Ribeira para se juntar aos pescadores de Linha. Descemos os poucos degraus que nos levavam à praia e vimos, lá em cima, os turistas a entrar no Forte. Até nós chegavam-nos palavras familiares de tanto as ouvirmos.    E os três trepavam as rochas em direção à ponte. - Faz de conta que és o Álvaro Cunhal! Salta! Atira-te! - E riamos.  Eles lá em cima, eu cá em baixo, à espera de os ver atirar-se um a um. O meu irmão, depois o  Samuel, depois o Luís. - Atira-te, merdas!   E eles atiraram-se, tal como previsto, tal como sempre.  E até que eles viessem à tona, eu não respirava. Esperava o momento em que as cabeças deles começassem a surgir da água. O Samuel foi o primeiro a pôr-se em pé, depois o Luís, riam e gritavam aos turistas na ponte:   - 25 de abril, sempre!    Sacudira...
 Todas as histórias são verdadeiras mesmo as que são ficção.

Nada p'ra Dizer

 Voltei a ter um blogue e mesmo sem nada p'ra dizer, estou a dizer muito.